domingo, 14 de junho de 2009

PROJETOS PARA MANAUS IV






A REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA DA SAUDADE



Para falar um pouco da origem da Praça da Saudade e seu projeto de revitalização já iniciado pela Prefeitura de Manaus, começo descrevendo abaixo alguns parágrafos de um texto desenvolvido pelo Dr. Robério Braga, atual Secretário de Estado da Cultura, na ocasião dos trabalhos desenvolvidos de elaboração de propostas e justificativas para a revitalização da Praça, em 2006.

“Trata-se de área do antigo bairro de São José, mandada abrir por volta do ano de 1865, em conseqüência do funcionamento do cemitério de São José ali implantado depois do período de crise do cólera, em que os sepultamentos se fizeram no antigo cemitério da Cruz, na atual rua de Leovegildo Coelho, nos fundos da igreja de Nossa Senhora dos Remédios e confronte a atual sede da Loja Maçôni ca Amazonas.

As obras de abertura da praça foram executadas por contrato do governo da província com o senhor José Moreira, em 1867. Uma nova obra de recuperação da área foi feita no governo municipal do Dr. José Francisco de Araújo Lima (1927-29), e novamente em 1932, quando era prefeito o tenente Emanuel de Morais.

No governo de professor Gilberto Mestrinho (1958-62) foi construído o edifício que se acha implantado na parte frontal a sede do Atlético Rio Negro Clube, servindo de sede para a Secretaria de Estado da Educação, com apenas dois andares e térreo inteiramente vazado e sustentado por colunas de concreto. No governo do professor Arthur Reis (1965-67), a área foi fechada em alvenaria, passando a funcionar o Departamento Estadual de Turismo (DEPRO), seguindo-se com uso pra várias outras repartições públicas como a Superintendência de Habitação do Amazonas com os nomes SHAM e SUHAB, e a Secretaria de Justiça e Cidadania, como ora se encontra (2005).

O monumento ao presidente João Baptista de Figueredo Tenreiro Aranha, primeiro presidente da província do Amazonas, que se acha instalado ao centro da praça, foi transferido da antiga área da praça Tamandaré, depois de Tenreiro Aranha, nas proximidades do porto flutuante de Manaus, para a atual Praça da Saudade, em 1932, conforme decisão do prefeito tenente Emanuel de Morais, com o objetivo de dar-lhe maior dignidade, em área considerada nobre, diverso do espaço acanhado em que se encontrava. O monumento foi inaugurado no lugar de origem em 1907, pelo governador Antônio Constantino Nery, composto em bronze e mármore, montado pelo artista italiano Silvio Centofani. Na sua localização original o monumento era cercado e protegido por colunatas de pedra com tubos, possivelmente canos de ferro, mas na Praça da Saudade, anos depois, os canos deram lugar a fortes correntes armadas nas mesmas estruturas de pedra iguais às pedras da base do monumento, desaparecendo com o tempo. ”

Com o passar dos anos a Praça da Saudade foi alvo de várias intervenções que modificaram o seu desenho original, descaracterizando-a de forma significativa. A proposta de revitalização da Praça desenvolvida em 2006 pela parceria Governo do Estado, através da SEC, e Prefeitura de Manaus, através do IMPLURB, com apoio do Ministério Público, tiveram como princípio o resgate histórico. Realizada a pesquisa icnográfica, adotou-se o desenho no qual te sem conhecimento como o mais antigo para se obter o retorno histórico. Apenas o monumento central não será demolido.

As obras de revitalização da Praça tiveram início em 2008 e ainda hoje se encontram em obras. Com a conclusão das obras se espera o resgate da memória da cidade, um retrato do que hoje já pode ser vivido na Praça São Sebastião e Praça Heliodoro Balbi.

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