quarta-feira, 15 de junho de 2011

MINHA MANAUS EM AGONIA COM AS INVASÕES


Mais uma vez, Manaus vem sendo vítima de mais uma ocupação de terra de forma desordenada, sem qualquer critério de planejamento e ordenamento, colocando em risco e prejudicando o desenvolvimento social e econômico da cidade em todos os aspectos.

É de conhecimento de todos, e não precisa ser especialista para entender, que a invasão é extremamente prejudicial à cidade. Da forma como elas acontecem, há grandes danos ambientais, muitas vezes irrecuperáveis, pois na maioria dessas ocupações há grandes desmatamentos de caráter criminoso, além de que a área ocupada em nada estar preparada para receber uma população que se assenta sem qualquer critério de ordenamento urbano.

A nova invasão que ocorre na área do Tarumã, se consolidada, trará grandes prejuízos ao município, além de aumentar ainda mais a ineficiência dos serviços públicos, hoje prestados pelo poder público com grande dificuldade e insuficiência para a demanda atual existente.

Uma vez consolidado, a Invasão (que já vem sendo chamado de Comunidade José Alencar) terá em seus espaços famílias construindo suas residências em obras sem qualquer critério técnico, certamente sem obediência ao Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras e Parcelamento do Solo Urbano, já nascendo sem qualquer atendimento às leis urbanísticas definidas para a nossa cidade. Um caos.

E uma vez construídas e as famílias acomodadas, começará a grande pressão sobre o poder público para a disponibilidade de infraestrutura. A população, já “vivendo”, se achará com o direito de exigir na nova comunidade serviços públicos como Postos de Saúde, Escolas, Praças, Transporte Público, Coleta de Lixo, Iluminação Pública, Abastecimento de Água, Pavimentação, Meio-Fio, Sarjeta, Drenagem, Rede de Esgoto etc., e o Poder Público, já crucificado por não levar esses serviços a outras comunidades já surgidas há muitos anos, se ver impossibilitado de atender mais essa demanda.

Um erro pleno - a própria invasão - que causa a leitura enganosa de um poder público, mesmo que com toda a presteza, que se ver incapaz de atender as demandas de sua população.

Não podemos aceitar que ações desastrosas como as invasões, ocorram em terras urbanas com a simples bandeira justificativa de que a causa de tudo, é a falta de políticas públicas habitacionais. Ora, um erro não justifica o outro. Vamos parar com isso. Me contorço todo ao ouvir uma pessoa, muitas vezes representante do povo, eleito pelo povo, dizer que a culpa é do poder público, tão somente. É muito fácil culpar, sendo que muitas vezes também somos os atores principais de certas cenas de descasos com a cidade, muitos vezes pela simples omissão de nossa parte, com o simples cruzar dos braços.

Não precisa ser especialista para entender o quanto uma invasão é prejudicial à cidade. Certíssimo o juiz da Vara especializada em Mio Ambiente e Questões Agrárias determinando a reintegração de posse do terreno e a retirada dos invasores. Certíssimo o Poder Público, através de órgãos como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Secretaria de Segurança Pública, Tribunal de Justiça do Amazonas e Polícia Civil e Militar, em buscar resolver pacificamente a desocupação da área, fazendo cumprir a ordem de reintegração de posse.

Minha gente, Manaus precisa de seu povo. Precisamos entender que os problemas dela, são problemas nossos, são problemas da sociedade. Lembram daquele dito: Bateu no meu filho... Bateu em mim! É por aí.



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